Estamos acostumados com histórias de empreendedores que começaram do zero e conquistaram seu espaço no mercado por meio de uma trajetória de valores que os levaram ao sucesso. A heroína desta história, Sophia Amoruso, também vivenciou a ascensão de sua carreira no comércio de roupas, mas algumas de suas atitudes e estratégias de negócio ensinam lições valiosas. Ela tem apenas 33 anos, já viu sua empresa se tornar líder em seu segmento e declarar falência um tempo depois.
A moça cresceu na Califórnia nos anos 90 e costumava ter problemas em empregos nos quais era funcionária. Aos 15 anos arrumou o primeiro emprego de atendente da Subway e logo pediu as contas. A passagem dela por outras empresas foi parecida, onde não permanecia por muito tempo nos cargos.
Quando seus pais se separaram, aos 17 anos, encontrou a oportunidade de viver sozinha e viajar de carona pelos Estados Unidos, o que em muitos momentos fez com que ela sofresse perigo, Sophia chegou a quase ser detida por realizar pequenos furtos dos quais ela sobrevivia.
Aos 22 anos, Sophia descobriu uma hérnia inguinal e precisou de um emprego que lhe oferecesse plano de saúde. Desta vez, resolveu levar a sério a chance de trabalhar na portaria da Academia de Artes da Universidade de São Francisco, checando o RG dos visitantes. Com o tempo livre ela navegava na Internet, até montar sua loja na plataforma Ebay com vestimentas vintage.
Este era o nome da loja virtual e sua proposta era a de dar atenção a cada roupa vendida para garantir a qualidade. Ela participava de todo o processo de confecção das peças: desde o garimpo em brechós locais até a produção de fotografias e negociação dos produtos com suas clientes.
Surpreendente, o trabalho deu certo e o lucro com as peças era muito mais que o previsto, a Nasty Gal tornou-se uma das lojas mais visadas do Ebay, plataforma que funciona por meio de leilões dos produtos vendidos. Com o reconhecimento do seu Site, os lances pelas roupas eram cada vez mais altos.
Uma das práticas proibidas do Ebay era divulgar links de domínios externos na postagem, o que Sophia fazia em sua loja virtual. Por este motivo, foi expulsa da plataforma. Porém, seu comércio de roupas já estava consolidado e tinha um público fiel, o que fez a jovem investir em um site próprio.
A ideia deu muito certo e com tempo e investimentos, a Nasty Gal construiu duas lojas físicas em Los Angeles e empregou mais de 300 pessoas. Também, após a ascensão da marca, ela chegou a receber 60 milhões em investimentos de pessoas que acreditavam no potencial do estabelecimento.
Não apenas as lojas, mas a própria CEO fez tanto sucesso que a Netflix criou um projeto em parceria com Sophia Amoruso para a série Girlboss, que contaria a história da sua vida.
Porém, perto da estreia da série, surge um problema: a Nasty Gal declara falência. No dia 28 de fevereiro de 2017 foi vendida por $20 milhões para a empresa britânica de multimarcas Boohoo.com e assinou um acordo de proteção após a falência. Ficou curioso para saber os motivos pelos quais uma loja que cresceu tão rápido decairia com força? Aqui vão:
A Nasty Gal investiu milhões em Marketing Digital sem considerar a fidelização de clientes. À longo prazo os investimentos não valeriam a pena. Também, a falta de credibilidade da loja contribuiu para a diminuição dos lucros: o depoimento de muitas ex-clientes era a de que as peças eram de má qualidade, o que dificultou mais ainda a concorrência com lojas já consolidadas no mercado.
A série Girlboss foi cancelada na primeira temporada, mas a autobiografia da trajetória de Sophia Amoruso rendeu ao mundo o reconhecimento de quem ela é. A empreendedora se reinventa em toda possibilidade de falência.
Mesmo com a queda, o crescimento da Nasty Gal foi inspirador para muitos aprendizes de empresários e se deve ao posicionamento da marca como uma promessa de ser a última tendência, o que passava para as clientes a confiança que elas precisavam ao comprar uma peça de roupa.
A imagem de Sophia esteve fielmente atrelada a da Nasty Gal. A mulher bonita, descolada, dona de si e de muita inteligência com certeza era motivação para muitas garotas investirem seu dinheiro nas peças da marca.
A gloriosa ascensão de Sophia Amoruso ensina que dar atenção a todo o processo de produção do seu produto é precioso. Foi o contato mais íntimo com as clientes e a seleção das peças que fez seu negócio alavancar. Porém, quando a loja ganhou popularidade e passou a comercializar roupas em maior quantidade, a qualidade do serviço se perdeu.
Sophia mostrou-se uma excelente empreendedora, criou um site com o domínio da empresa no momento certo e conquistou clientes não apenas pelo produto em si, mas pelo status que a marca passava. Mas pecou em vários momentos como empresária por não pensar à longo prazo na gestão da Nasty Gal e realizar investimentos arriscados que não trariam grandes vantagens para a loja.
Com tudo isso, aprendemos que ideias boas são essenciais para um negócio de sucesso, mas o bom empresário busca manter as propostas de valores estabelecidas para garantir uma clientela engajada e fiel. É necessário inteligência emocional e pensamento estratégico para gerir uma empresa.
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